Ao nos certificarmos de que estamos “grávidos” (refiro-me aos pais), ficamos surpresos e também ansiosos para conhecermos nossos rebentos; e, depois que eles nascem, o tempo é tomado pela fase em que demandam de nosso envolvimento de afeto, de amor e de sobrevivência (fome, frio, calor, dor…); daí em diante, o tempo voa. Criamos uma expectativa de como serão nossos filhos. Será que conseguiremos educá-los para que eles possam ter autonomia e segurança no exercício de aprender, de ler e escrever, de olhar o mundo, de fazer contas, de relacionar-se com os amigos? Para isso, a escola tem atuação importante no desenvolvimento das crianças e dos adolescentes, e o Colégio Imperatriz Leopoldina compartilha dessa atuação importante dos pais e orienta-os, por meio das Rodas de Conversa que planejamos, mensalmente. Os temas gerados vêm ao encontro dos questionamentos que os próprios pais trazem, de nossa percepção, no contato com os alunos, e da atuação pedagógica. A família, nos tempos da contemporaneidade, também é assolada pelo mundo do trabalho, da tecnologia e dos afazeres de casa, e vê-se, muitas vezes, sem respostas para tanta demanda. Verdade, mais que absoluta! Assim, nessas Rodas de Conversa, é possível dialogarmos sobre as influências da sociedade na educação dos filhos, fato que é, em si, um grande desafio. Dessa forma, no último encontro de 27 de março, conversarmos sobre os assuntos que angustiam pais e educadores: a difícil tarefa de educar e de dar limites, com o uso da tecnologia. Quais são os benefícios e os malefícios? No meio do caminho dessa conversa harmoniosa, identificamos que somos afetados também pela rotina de nossos lares: como realizamos nossa alimentação em família, qual o tempo de descanso de nossos filhos, como organizamos as tarefas escolares e os afazeres de casa, em conjunto. Há demanda de tempo. Abordamos, na troca entre os pais (pares), sobre a extraordinária arte de educar. Quais serão os combinados com os filhos? Qual será a prioridade para nós (pais) e eles (filhos)? Como faremos com o uso da tecnologia? Como elaboramos um quadro de rotina, para que as crianças se autorregulem, a fim de que possamos pautar as conversas com elas, na organização do tempo e das atividades? Discutimos que, além dos combinados e prioridades, o tempo é determinante para estarmos na companhia dos filhos; devemos oferecer atividades recreativas e o contato com a NATUREZA (o termo em destaque é para que seja visto, realmente, com ênfase , porque o tempo destinado ao uso dos tablets, celulares, computadores e videogames é maior que o contato com os humanos, nos parques, no mar e nos campos, e maior que o pé na areia e no barro). As ideias foram levantadas e aprimoradas com minha intervenção – Ruth Nassif, Orientadora Educacional. Saímos dessa Roda fortalecidos e mexidos , sabendo que temos de mudar nosso comportamento e nossa ótica educacional, além de sermos fortes e companheiros dos filhos. Foi um prazer compartilharmos experiências de vida. Ruth Nassiff Orientadora Educacional.